No atual cenário onde dados são o novo petróleo, armazenar e proteger os dados se tornou vital para qualquer empresa que queira sobreviver ao mercado, porém, o que pouca gente dá importância é em como esses dados são estruturados e dispostos em sistemas de bancos de dados.
Essa área de estruturação e disposição pode ser suportada pela modelagem de banco de dados e é sobre ela que iremos falar em próximos tópicos.
CONCEITO
A modelagem de dados é uma técnica que permite representar graficamente um sistema ou uma área de negócio de uma organização. Não é necessariamente para banco de dados mas, é uma ferramenta muito utilizada nesta área.
O objetivo da modelagem é tornar um sistema observado o mais simples possível e de fácil entendimento entre todos para então, implementarmos.
A modelagem de um sistema ou banco é tão importante que pode ser considerada como um fator crítico para qualquer modelo de banco de dados.
E para que uma modelagem de dados seja bem sucedida ao que se propõe, os envolvidos devem observar e respeitar as particularidades de cada ambiente.
E POR ONDE COMEÇAR?
Como todo bom projeto, a modelagem deve começar pelo básico, ou seja, pela coleta de requisitos e pelos objetivos que a área que está criando o modelo precisa. Esses requisitos é quem vai ditar como a modelagem deve ser feita e como o ambiente irá se estruturar no banco de dados.
Para uma boa coleta de requisitos, devemos:
- Ter claro entendimento do escopo do trabalho;
- Ter o máximo de detalhes possíveis do negócio modelado;
- Ter um prazo de entrega dentro da realidade e de acordo com as expectativas;
- Dispor de recursos técnicos necessários e com qualidade aceitável.
E, o mais importante, a modelagem é um processo cíclico dentro da área de negócio.
COMO EXECUTAR UM BOM PROJETO DE MODELAGEM?
Uma vez que os requisitos tenham sido coletados, podemos executar o projeto de modelagem de acordo com os seguintes passos:
- Observação dos objetos – como nem tudo que foi coletado como requisito vai para o projeto final, devemos observar o objeto e os requisitos com um todo e polir o escopo para torná-lo o mais compacto possível.
- Entendimento dos conceitos – é quando adquirimos o claro entendimento do que vamos colocar no papel para a modelagem e quais os objetos identificados.
- Representação dos objetos – aqui, todos os objetos que foram identificados e aprovados nas etapas anteriores são representados e oficializados na modelagem;
- Fidelidade e coerência – é garantir que o modelo está devidamente apto e representando fielmente aquilo que se esperava dele. Além disso, mecanismos de observação para entrada de novos objetos são elaborados aqui
- Validação – é a aprovação e finalização do projeto de modelagem de dados. Um alto grau crítico e observatório é imprescindível nesta fase para evitar retrabalho no projeto.
NÍVEIS DE MODELAGEM
Depois de validarmos o pré-projeto de modelagem de um banco de dados, podemos descer aos níveis de modelagem que lhe são característicos. A modelagem é dividida em três níveis: Conceitual, Lógico e Físico
Modelo Conceitual
O modelo conceitual de uma base de dados é a primeira etapa quando descemos nos níveis de modelagem para um banco de dados. Por ser a etapa inicial, este representa apenas o ambiente analisado com seus objetos e relacionamentos.
A modelagem conceitual não se preocupa com implementação, tecnologias ou para qual sistema este irá, apenas em representar graficamente as entidades (objetos) e seus relacionamentos.
A seguir, um exemplo de modelo conceitual:
Modelo Lógico
Uma vez que o modelo conceitual do sistema está validado, podemos passar para o modelo lógico de dados que irá apresentar as características de cada objeto assim como seus relacionamentos.
Ainda continua sem depender de nenhum SGBD, tecnologia ou implementação, apenas representa detalhadamente o sistema modelado.
É no modelo lógico que determinamos as chaves primárias e estrangeiras, as restrições, integridade de dados e as normalizações das relações.
É nesta fase que temos o M.E.R definido (Modelo Entidade Relacionamento).
Abaixo, temos um exemplo básico de um modelo lógico:
Modelo Físico
O modelo físico nada mais é que o modelo lógico finalizado e implementando em um sistema SGBD de escolha.
Aqui as estruturas de dados são definidas e todos os requisitos finalmente implementados.
E se quiser entender de uma forma mais prática a diferença entre os três modelos, segue esta tabela com a particularidade de ambas:
Este foi um post introdutório abordando o conceito de modelagem de dados e sua importância. O sucesso de um projeto de banco de dados está intrinsecamente ligado ao bom modelamento do ambiente e como entendemos ele.
Ter esse conceito é fundamental para um banco de dados bem desenvolvido e íntegro e além disso, podemos afirmar que quanto melhor for a modelagem, mais fácil e implementável é o banco.
Espero que tenham gostado, saúde!